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domingo, 14 de agosto de 2011
AMOR DE PAI
Filho Pródigo(*)
Abre-me a Porta
Pai!
Abre-me a Porta!
Porque venho cansado
e derrotado
desfeito
pobre
e nu
e envergonhado
Tudo esbanjei
Só trago
encravados no peito
nele bem entranhados
os pungentes punhais
de todos os Pecados Capitais
Delapidei o rico Património
do teu Amor
na subida
arrogante e pressurosa
da Montanha da Vida
E hoje conheço a Dor
Da descida agoniante
trémula e vagarosa
pela encosta abrolhosa
na que nos acompanha
só
o impiedoso demônio
da consciência dorida
da fortuna malgasta
dissipada
e a existência perdida
Abre-me a Porta
Pai!
E acende a luz da Casa
que outrora foi a minha
quando eu era inocente
criancinha
Não me tardes
Senhor!
Abre-me a tua Porta luminosa
depressa, por favor!
(*) FONTE: ERNESTO GUERRA DA CAL in Futuro Imemorial (Manual de Velhice para Principiantes), Livraria Sá da Costa Editora, Lisboa, 1985, pp.112-113.
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A maior alegria em servir a Deus é ter a certeza que Ele sempre abrirá suas portas a quem precisa...
ResponderExcluirvc ainda não está me seguindo Regina, vi que vc passou por lá e deixou um comentário, mas não está em minha lista de seguidores...estou te esperando...rsrsrs
bjim e bom feriadoo