Minhas divagações

Dizem que 'escrever e coçar é só começar', então vamos lá!
Criei este espaço para compartilhar um pouco as minhas reflexões sobre a vida.
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sábado, 28 de agosto de 2010

4º dia - Riso


À primeira vista, não sou uma pessoa simpática e há quem me olhe e veja uma pessoa séria, com cara brava, ‘esquentada’ como dizia uma amiga minha, e até mesmo triste, como vê uma outra amiga. Sou uma pessoa tímida ( apesar de muitos não concordarem), que gosta de ficar na minha e que não faz questão de ser notada.
Para aqueles que me conhecem de perto, sou outra pessoa: boba, ‘palhaça’ como diria um dos meus anjos, divertida, que gosta de contar histórias, mesmo não conseguindo guardar os detalhes das suas próprias histórias.
Históoooriasss!!
Li em algum lugar que só se vive bem, ou viveu bem quem tem histórias para contar. Quando eu era criança, eu nunca gostei que ninguém risse de mim, seja lá por qual motivo fosse. Eu sempre gostei de criar meus próprios brinquedos, fazer coisas diferentes. Nunca gostei de bonecas; gostava de instrumentos musicais, de relógios. Tanto é que sempre tinha um relógio desenhado de caneta no meu braço. Lembro-me de que certa vez fiz um relógio com o fundo de um copinho redondo de iogurte e barbante como pulseira. Estava ‘toda-toda’ com meu reloginho no braço e resolvi ir à casa da minha avó. Havia alguns parentes lá e fui cumprimentá-los, quando uma tia minha, muito observadora, viu em meu braço o relógio, não deixou passar por menos. Esboçou aquele sorriso de adulto quando quer tirar um sarro de criança e disse: “Hummm... gente, quem tem relógio aí? Que horas são?”
Logo percebi que ela estava querendo me zuar; trunfei a cara, enfezadíssima e saí de perto rapidamente. Fiquei tão ‘esquentada’ que corri para debaixo do assoalho da casa da minha avó; arranquei o relógio do braço na hora e joguei fora. Permaneci lá escondida por um bom tempo e depois voltei a dar as caras. A tal tia aproximou-se e quis retratar-se comigo, mas depois que eu me enfezo com alguém, sai de baixo! Demoro um bom tempo para voltar ao normal.
Só que o bom tempo de criança é sempre logo depois. Criança não guarda mágoa. Não sei por que não me esqueci desse episódio, não tenho raiva dessa tia. Acho que me lembro dele, por conta do relógio. (risos) E porque a gente tem que ter histórias para contar.
Essa lembrança me inspirou hoje, para escrever, porque mais cedo, fui convidada para contar histórias num aniversário de uma menina e, por mais tímida que eu seja e ninguém acredita, quando estou no meio de crianças, não tenho receio algum de contar histórias para elas, de fazê-las rir, de rir junto com elas, de tornar-me criança com elas. Como é prazeroso, vê-las rirem das caras e bocas que faço mudando as vozes dos personagens, ao fazer a cara de choro de um, de assustado de outro, de rolar no chão, tremer, roncar... Elas morrendo de rir, entram nas histórias e se deliciam na fantasia. Isso é maravilhoso. Não há coisa mais gostosa que riso de criança. Eu amoooo!!

Um comentário:

  1. Também gosto muito de riso de criança, bem como de ouvir suas histórias, mesmo aquelas que já ouvi um milhão de vezes e que ainda assim me fazem rir. Se bem que gostei muito da história do gato que morava no sapato da velha...

    Bjo risonho.

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